Quero / Não quero

Pensamos sempre no que será mais fácil. No que nos irá magoar menos.
Tu não queres dizer nada. Eu não te quero. Eu não preciso de ti. Eu nunca te amei. Tu não és ninguém. Eu nunca quis aquilo. Tu és um erro.
Há momentos assim, houve momentos assim. Mas a verdade não é esta. Nem sempre.
Para quê levar o coração a pensar assim ? Devemos pensar sim, no bom. Mas curar, para poder voltar a voar. A sonhar. A amar. Mesmo que seja a mesma pessoa. O mesmo sonho. A história não vai ser igual. Os pormenores não vão ser iguais. O sentimento não é igual. De certa maneira sim. Mas nós sabemos que algo mudou. Para melhor ? Sim. Ou talvez não.
Por trás das coisas más, sempre o bom. Por trás do erro, o arrependimento. E se não houver arrependimento ? Não houver diálogo ? Lá vamos nós outra vez.
Tu não queres dizer nada. Eu não te quero. Eu não preciso de ti. Eu nunca te amei. Tu não és ninguém. Eu nunca quis aquilo. Tu és um erro.
Mas se está mal, não precisa de continuar mal. Tem de haver esforço. Diálogo. Amizade. Sonhos. Amor. Dificuldades. Facilidades. Assim são as melhores cenas. Os melhore sentimentos. Momentos. E aí voaremos juntos. Outra vez.
És muito. Quero-te. Preciso de ti. Amo-te. És tudo. És o que sempre quis. És o melhor.
É bom quando corre bem.
Ou não voltamos a voar. Vamos cair. Quebrar as asas. Mas as asas têm que ser reparadas. Tudo o resto fica em terra. Enterrado. Depois de reparadas as asas. Voo em direcção ao céu novamente. Estou livre. Outra vez. Aquilo há-de ficar enterrado. Eu hei-de conseguir. Eu quero voar.